sábado, 27 de julho de 2013

Aula sobre Plantados


AULA SOBRE PLANTADOS

Nesta seção, eu [Amano] quero compartilhar alguns dos meus conhecimentos no cultivo e cuidado de plantas aquáticas. Há grandes diferenças entre o cultivo de plantas terrestres e plantas aquáticas. Plantas terrestres podem crescer no solo, viver fora d'água e com os 0,03% de CO2 na atmosfera usando luz solar para fotossintetisar. Um aquário de peixes é muito mais simples - basicamente, vocês os alimenta adequadamente e eles ficam bem. Mas em um aquário plantado, as plantas precisam coexistir com os peixes e o processo natural que dá a vida disponibilizando substâncias para as plantas como na Natureza. Aqui, nos devemos, em nossa cópia de um ecossistema natural, fornecer tudo o que a Mãe Natureza oferece naturalmente, e proporcionar as plantas e peixes toda a saúde e beleza para ambos. Entretanto, em um tanque plantado, todos os parâmetros são controlados artificialmente em um ambiente fechado. Sob tais circunstâncias rigorosamente controladas, há sempre margem para erros. O sucesso de um aquário auto-suficiente depende apenas de elementos básicos para prosperar. Nos artigos que se seguem serão discutidos os fundamentos básicos para o sucesso no cultivo de plantas aquáticas.

O substrato tem duas finalidades no aquário plantado. Fornecer um meio apropriado para ancoragem das plantas, e segundo fornecer os nutrientes necessários para que elas cresçam. Há muitos tipos de substratos apropriados tipo areia do mar como a Areia das Filipinas e Areia do Sul da China, Areia de Rio e cascalhos finos são relativamente populares. Alguns tipos menos usuais são Argila Queimada Vermelha, Areia Vulcânica - Areia do Monte Fuji - e cerâmicas. Quanto ao Aquário Natural são usados como substrato diversos tipos de solo processado como o Amazônia, Malayan e Africana Aquasoil. (*)

O substrato para o aquário plantado deve seguir alguns critérios. Primeiramente e principalmente, não deve conter materiais que de forma adversas afetem as condições da água. Aqui os mais comuns são pedaços de coral ou conchas marinhas, que fazem o valor do pH subir e deixam a água mais dura devido a sua composição conter muito cálcio. Outros materiais que possam baixar demais esses dois valores no substrato podem causar o atrofiamento das raízes o que por sua vez ajudaria no crescimento de algas. O valor do pH da areia deve ser de Neutro a levemente ácido (6.5 a 7), o ideal para a maioria das raízes das plantas.

O tamanho dos grãos de areia devem ser uma combinação entre 3 a 10mm. Grânulos ligeiramente maiores aumentam o desenvolvimento das raízes, e areia com grãos muito pequenos pode esmagar as raízes. Um substrato mais profundo pouco permeável, como argila não queimada, bloqueia a passagem de importantes partículas e impede o fluxo de oxigênio que as raízes precisam. Areia com textura abrasiva, com bordas dos grãos muito irregulares, irão danificar as raízes durante o plantio. Se você não estiver seguro quanto a isso tente verificar ao microscópio.
Qualquer substrato que atenda estas condições é seguro para ser usado no aquário, mas pastilhas de vidro, cerâmicas coloridas e outras coisas não naturais, não são recomendadas por razões estéticas.
Agora, vamos considerar os diversos tipos de substratos para cultivar diversos tipos de plantas. Há três grandes grupos de plantas, classificadas pelo tipo de raiz. Primeiro são as plantas que não requerem substrato para crescer, mas têm suas raízes presas a rochas ou troncas, plantas como as Anubias, Microssorum e Bolbitis. A seguir são as plantas com grandes quantidades de raízes, como Aponogeton e Nymphaeas, e plantas de caule longo, como Hygrophilas e Rotalas, que têm raízes rasas. Por ultimo há as plantas de raízes profundas como Cryptocorynes e Echinodorus.

Todas estas plantas têm um substrato correspondente as suas necessidades que devemos ir de encontro. Se o substrato não for profundo o suficiente para o ultimo grupo, por exemplo, as raízes crescerão entrelaçadas e a planta, que obtêm a maior parte dos seus nutrientes e oxigênio através das raízes, será asfixiada. Echinodorus tenellus e E. grisebachii, que lançam longos runners de seus rizomas precisam de pelo menos 6cm de substrato.

Quando o aquário contém estes três tipos de raízes, o que é comum, é necessário criar um substrato que acomode as raízes de plantas que crescem profundamente. Substratos que contêm vários tipos de areia terão uma vida útil mais longa, e organizando-os em camadas melhoram a permeabilidade. Por exemplo, para a camada mais profunda misturar areia com grãos variando de 5 a 10mm com areia vulcânica variando de 5 a 10mm, adicione nesta camada algum fertilizante, que pode ser encontrado nas lojas de produtos para aquários. Arrume a camada com certa de 3cm. Para a camada do meio repita o mesmo processo, porém sem adicionar o fertilizante e com uma areia um pouco mais fina juntamente com a areia vulcânica de 5 a 7mm, finalmente para a camada superior adicione apenas 2cm de areia fina (5mm), isto irá fornecer a ancoragem necessária durante o plantio inicial. Areia do Fuji e outras areias de origem vulcânica são demasiado ásperas para a camada superficial, pois irão machucar as raízes das plantas.

A areia vulcânica é misturada para prevenir o endurecimento e melhorar a permeabilidade. As raízes das Echinodorus e Cryptocorynes são consideravelmente grossas, e o espaço regular entre os grãos de areia fina são muito apertados para elas. Se a areia vulcânica não for disponível, é melhor misturar areia com grãos de diversos tamanhos. Seria seguro usar areias pré-misturada com a Malayan ou Amazônia Soil da ADA, Japão. (*)

Fertilizantes devem ser adicionados apenas a camada mais profunda do substrato para evitar que eles diluam-se na água do aquário, o que ajuda a prevenir o crescimento de vários tipos de algas. Quando for encher o tanque deve-se colocar um prato ou bacia e derramar a água delicadamente dentro do tanque a fim de evitar que o fertilizante dissolva-se rapidamente ou misture-se no substrato.

Para leitura detalhada e análises das combinações de diversos tipos de solo, consulte o AQUA JOURNAL volume 29.
(*) Alguns dos itens mencionados estão disponíveis apenas na Ásia, Europa e eventualmente EUA.

Filtros para purificar a água do aquário vêm em diferentes modelos e com diferentes funções. Os mais comuns são os filtros de topo, os filtros de fundo (FBF - Filtro Biológico de Fundo), que usa o substrato como meio filtrante, e os filtros tipo canister que ficam totalmente fora do aquário. As plantas liberam o oxigênio que os peixes e os invertebrados precisam e elas são purificadores naturais de água. As plantas irão absorver substâncias como a Amônia e o Nitrogênio liberados pelos dejetos de peixes e invertebrados. Está é uma das razões pela qual sempre se diz: "Se as plantas estiverem sadias os peixes também estarão".
Vamos considerar os filtros sob o ponto de vista das três necessidades essenciais das plantas: Água, Luz e Dióxido de Carbono (CO2). As plantas aquáticas dependem da água para sobreviver, as plantas mais exigentes que um aquarista cultiva podem sobreviver, no entanto, em um ambiente pobre de nutrientes. Quando a água torna-se muito rica de nutrientes, plantas inferiores como as algas começarão a prosperar e bloquearão as superiores: Suas plantas aquáticas. Mesmo os melhores filtros, sozinhos, não serão capazes de purificar a água e eliminar este problema. É inevitável que o aquarista periodicamente efetue trocas de água como uma medida secundária de purificação.
Se a capacidade de filtragem do filtro é insuficiente, nenhum volume de trocas irá impedir que as algas invadam seu aquário. Os peixes no seu aquário estarão também mais suscetíveis a doenças se seu filtro for mal mantido. As bactérias e micróbios em filtros saudáveis irão combater patógenos e algas, fazendo com que seja difícil que eles prosperem.
Agora, com relação às condições de iluminação, os filtros de topo ou de saliência são potencialmente desvantajosos, pois eles cortam e bloqueiam a fonte de luz que as plantas necessitam. Em aquários plantados, a luz deve estar totalmente desimpedida.

Finalmente, vamos discutir sobre o CO2. Filtros que promovem aeração
ou que causam grande movimentação na parte superior da água irão vaporizar o CO2. É como sacudir uma garrafa de refrigerante, ao abri-la todo o gás escapa. As plantas não gostam disso tanto quanto nós também não gostamos. Filtros que usam quedas, tubos de ar, chuveiros ou qualquer outro meio em que o ar entre e misture-se com a água, farão com que o CO@ perca-se. A água pode absorver 70 vezes mais CO2 que o ar, mas este escapa da água muito mais facilmente. Estes filtros só são eficientes para aquários cujo foco principal sejam peixes, mas aquários focados em plantas não devem usar filtros que dispersem o CO2 por turbulência ou por que o ar mistura-se coma água.

O filtro que passa todas as três áreas é um especialmente criado para plantas aquáticas: o filtro de compartimento tipo Canister. Mas, no entanto, um filtro canister não pode compensar as perdas por um retorno tipo chuveiro que cria muita turbulência, a posição do tubo de retorno deve ser abaixo da superfície da água, e você deve esquecer a instalação de pulverizadores.

O método de filtragem tipo FBF com a sucção de cima para baixo poder tem efeitos prejudiciais. Primeiramente não se pode usar fertilizantes. Segundo, quando o substrato começar a envelhecer ele não será tão eficiente como meio de filtragem, e por ultimo, com o crescimento das plantas suas raízes irão interferir com o fluxo d'água através do substrato. No entanto, este método é eficaz nos estágios avançados do aquário plantado, pois traz água oxigenada diretamente para as raízes das plantas e mantém a temperatura entre o substrato e a água constantes.

The power filter can be misused. The method of under gravel filteration with the discharge suck up from below the substrate has some detrimental effect. Firstly, substrate fertilizer cannot be used. Secondly, once the bottom sand start to age, it will no longer be efficient as a filter media, and lastly, as the plants grow, their roots will interfere with the flow of water through the substrate. However, this method is actually effective only in the early stages of the planted aquarium. It brings oxygenated water directly to the plants' roots and evens out the temperature difference between substrate and water. Though this improves growth in the early stages, in fact it only brings the aquarium closer to the problems that will develop later. Of course, this principle does not apply to the aquarist who changes the layout frequently. Embora isto melhore o crescimento nos estágios adiantados, de fato traz somente o aquário para mais próximo dos problemas que se haverão mais tarde. Naturalmente, este princípio não se aplica ao aquarista que muda a disposição freqüentemente.

FILTRAGEM FÍSICA E QUÍMICA
Os filtros podem ser divididos ainda em duas categorias - Filtros Físicos e Filtros Biológicos. Filtros Físicos usam carvão ativado ou zeolite para remover amônia e nitrogênio da água. Os Filtros Biológicos comuns usam microrganismos que nitrificam amônia e nitrogênio, isto é, transformando-os em nitratos menos prejudiciais oxidando-os. Ambos os métodos têm suas vantagens e podem ser usados em conjunto em aquários plantados.
Nos estágios iniciais, até que as nitrobactérias tenham se desenvolvido completamente nas mídias filtrantes, a filtragem física com carvão ativado pode ser uma aliada. Mas melhor que usar somente o carvão ativado é por abaixo deste uma camada de material áspero que irá não somente reter partículas como também alimentar as nitrobactérias preparando uma filtragem 100% biológica. O carvão ativado perde sua capacidade de filtragem em uma ou duas semanas. Mas neste tempo os microorganismos irão efetivamente florescer no carvão.
Agora, é muito importante entender o momento da troca da filtragem física para a filtragem biológica. O carvão não deve ser imediatamente removido para converter-se à filtragem biológica, pois a colônia de bactérias poderá não ser forte o suficiente para efetuar a filtragem sozinha de todo o aquário, o que pode fazer com que alguns peixes morram e as algas apareçam. As bactérias em ambas as áreas têm feito seu trabalho até este ponto, tanto quanto foi necessário, conseqüentemente o carvão pode continuar sendo usando como material de filtragem biológica.

Uma desvantagem do carvão é que é um material muito fino e que precisa ser limpo regularmente ara não haverem obstruções no fluxo. Então geralmente ele é substituído por algum material que tenha um tamanho mais adequado e bom para o crescimento das bactérias. Não há regras rígidas quanto à troca dos materiais e julgar o tempo necessário é difícil. Geralmente, o carvão ativado pode ser trocado na primeira ou segunda vez que se fizer manutenção. Quando o carvão ativado for trocado ou limpo, a camada inferior não deve ser limpa até que todo filtro esteja efetuando a filtragem biológica.

FILTRAGEM BIOLOGICA
Não é exagero dizer que as condições do aquário dependem da performance da filtragem biológica. Quanto os microorganismos filtrantes estiverem agindo a água ficará limpa como um cristal e não haverá crescimento de algas.

A reação química que expressa o processo de oxidação realizado pelas nitrobactérias é NH3 -> NO2 -> NO3. As bactérias que convertem amônia (NH3) em nitrito (NO2) são chamadas de Nitrossomonas, e as bactérias que convertem o nitrito em nitrato (NO3) são chamadas de Nitrobactérias. Pesquisas mostram que o nitrato remanescente é 70 vezes menos prejudicial que o nitrito, mas se este se acumular na água pode tornar-se prejudicial. Conseqüentemente é necessário efetuar trocas de água mesmo usando-se um filtro topo de linha. Um filtro que elimine completamente os nitratos ainda não foi feito, talvez neste milênio.
Para determinar os níveis de nitrato e nitrito da água, existem vários medidores analógicos e testes com reagentes químicos, Em termos de custo os últimos serão melhores, mas não muito convenientes. Uma boa estimativa destes níveis de nitratos pode muito bem ser feitos pelas medidas de pH. Se a quantidade de nitratos crescer o pH cai, e se a água que está com nitritos altos terá um alto pH. Se o valor do pH estive em 5.0 então é provável que o nível de nitratos esteja alto.

O pH é afetado por dois elementos. O primeiro elemento é o nitrato, pois eles são ácidos. O segundo elemento é quando as nitrobactérias oxidam materiais orgânicos, consumindo oxigênio e liberando CO2. Similarmente, o nível de poluição em um rio é expresso como uma figura chamada DBO. (Demanda Bioquímica de Oxigênio). Isto mostra quanto oxigênio é usado pelas nitrobactérias na oxidação do material orgânico e conseqüentemente é um indicador do nível de desperdício orgânico no rio.

Todas as plantas precisam de luz para crescer, mas o aquário simplesmente não pode ser colocado na janela para resolver este problema. O excesso de luz é a maior causa de crescimento de algas no aquário. A melhor forma de gerenciar a iluminação de um aquário é posiciona-lo em um lugar em que ele absolutamente não receba luz solar e seja completamente iluminado por luzes artificiais. É verdade que a luz solar contribui para a saúde dos peixes, mas a luz ultravioleta é desnecessária para que as plantas mostrem toda a sua beleza. De fato, plantas aquáticas mantidas em interiores são muito mais bonitas que plantas cultivadas externamente.

Há várias opções para iluminação incluindo lâmpadas de mercúrio, lâmpadas Alógenas, mas as lâmpadas fluorescentes são as melhores economicamente, esteticamente e por praticidade. Contrariando a crença popular de que lâmpadas para Horticultura são apropriadas para aquários plantados, no entanto essas lâmpadas emitem apenas as três ondas luminosas essenciais, tornando-as adequadas apenas para plantas terrestres. Um outro inconveniente desta lâmpada é que sua intensidade é apenas de aproximadamente 1/3 das lâmpadas fluorescentes convencionais (medidas em lux), criando assim um aquário um tanto escuro. Algumas pessoas preferem este tipo de luz devido ao vermelho intenso que elas produzem, mas de fato elas deixam a aparência do tanque um tanto estranho.

Os tipos mais comumente usados são as lâmpadas fluorescentes de espectro completo modelo T8, que se crê ser a melhor. Vários tipos estão disponíveis em revendedores, e há uma pequena variação na composição da luz, intensidade, ou durabilidade, conforme se queira.

A quantidade de Watts necessários está relacionada com a quantidade de CO2 que está sendo adicionado. Se a luz for muito intensa, mas as plantas não receberem uma quantidade de CO2 comparativamente, a luz irá trazer mais danos do que vantagens. Se, de outro modo, a quantidade de CO2 aumentar sem aumento correspondente na quantidade de luz, as plantas não irão fotossintetisar bem, e o nível de CO2 alcançar medidas que se tornará tóxico para peixes e invertebrados.

O balanceamento entre luz e CO2 dependes de vários fatores, incluindo a temperatura da água e os tipos de plantas. As plantas podem então ser divididas em dois grupos principais sendo: Plantas de Alta Iluminação (Requerendo condições de iluminação forte) e Plantas de Meia Luz/Sombras (Que crescem nas sombras). Plantas de alta iluminação requerem intensas quantidades de luz e CO2 a mais que plantas de meia luz/sombras, como as Anubias e as Samambaias que são plantas que apreciam a sombra. Elas se adaptam a montagens com luz forte e por isso são plantas muito flexíveis.

Plantas tais como a Eusteralis stellata e a Ludwigia arcuata, que tem as folhas e as hastes estreitas e muito vermelhas são ditas difíceis de cultivar, mas é por que elas requerem relativamente altos níveis de luz e CO2. Elas não são flexíveis como as plantas de meia luz, mas não são diferentes das outras plantas em nenhum outro aspecto.

Vamos examinar alguns exemplos concretos, embora isso possa parecer um pouco com a seção Injeção de CO2. Se, em um tanque de 60cm, nós cultivarmos Cryptocorynes e Anubias, ambas de folhas largas, de baixa fotossíntese e de meia luz ou sombras, elas precisariam apenas de 20W de luz adequada com um reator de CO2 [reator de película] uma vez ao dia. No mesmo tanque, no entanto, plantas que gostam de muitas luz, como as mencionadas no parágrafo acima, precisariam de 60W [3 vezes mais] e de um injetor de CO2 por borbulhamento liberando CO2 a cada cinco segundos no reator a fim de manter as plantas saudáveis. Durante a montagem do aquário é importante tentar posicionar as plantas mais exigentes abaixo das lâmpadas e reservar as áreas menos iluminadas para plantas menos exigentes.

Lâmpadas fluorescentes irão começar a perder sua intensidade depois de cerca de seis meses de uso. Um aquário plantado com plantas exigentes e plantas mais flexíveis terá algumas alterações após esse período devido ao desgaste das lâmpadas. As plantas mais altas inicialmente irão prosperar e as menos exigentes como as Samambaias e Cryptos irão ter seu crescimento estagnado. Quando os bulbos começarem a perder intensidade as Samambaias e Cryptos começam a esticar podendo superar as plantas que antes eram mais altas a menos que os bulbos sejam trocados.

O AQUA JOURNAL tem várias combinações de tamanhos de tanque e dados de iluminação que são uma excelente referência.
Qualquer pessoa sabe que qualquer planta verde precisa de Dióxido de Carbono [CO2]. Sem isto, elas não podem assimilar os nutrientes necessários. As plantas obtêm CO2 a partir do ar ou da água. O CO2 na água é principalmente um produto do consumo de material orgânico pelas bactérias. No aquário, a quantidade de CO2 que os peixes emitem através da respiração é limitada e rapidamente absorvido pelas plantas. Isto faz com que a água tenha um alto pH [torna-se alcalina]. Adicionar CO2 ao ecossistema do aquário é uma atividade primária para o aquarista. O desafio é manter um balanceamento natural entre as necessidades dos peixes e das plantas. [A figura mostra a liberação de oxigênio como resultado da fotossíntese da folha]

Vários dispositivos estão disponíveis hoje para injetar CO2 no aquário plantado, como o dispositivo exibido na foto abaixo a direita e a garrafa de CO2 [canister de CO2, da ADA] mais abaixo um pouco. Se o aquário for muito grande, um controle computadorizado de CO2 é essencial para resolver problemas de baixos níveis de CO2. Aquários pequenos não precisam de muito controle. Se as plantas não estão crescendo, elas precisam ou de mais CO2 ou de mais luz. Simples, não?

Há uma forma simples de saber se as plantas estão fotossintetisando ou não. Observe as plantas uma ou duas horas depois de injetar CO2 no aquário. Deverá haver pequenas bolhas formando-se nas folhas [como na figura acima], isto é um sinal de que a fotossíntese está ocorrendo. Se não, e você já tiver elevado a quantidade de CO2, pode estar havendo algum problema relacionado à iluminação ou a filtragem.
Os níveis de CO2 na água podem ser determinados pela medida de pH. Se o pH cair muito além do nível Neutro [< pH 7], então há muito CO2 na água, e a água estará ácida. Se o pH estiver acima de 7 então haverá pouco CO2 dissolvido e a água estará alcalina.
O medidor eletrônico de pH opera usando este princípio, mas é importante lembrar que a relação entre eles é sutil e que confundir CO2 com pH pode causar sérios problemas.

Por exemplo, se há uma grande quantidade de bactérias atuando em um substrato maturado ou em mídias de filtragem antigas, o nível de pH irá cair. Isto é causado pela respiração das bactérias ou pelo nitrato subproduto da decomposição da amônia. Se a queda do pH é causada pela respiração das bactérias, é bom elevar a injeção de CO2. Mas se for causado pela elevação de nitratos é melhor efetuar mais trocas de água no aquário. [figura a direita: atomizador de vidro feito à mão para injetar Co2, da ADA]

Injeções adicionais de CO2 por esta razão é mais comum em estágios mais avançados do aquário. Quando se tem uma grande quantidade de bactérias vivendo em um aquário maturado as plantas podem viver apenas com o CO2 liberado por elas, dependendo das espécies e quantidades das mesmas.

Para saber o quanto CO2 as plantas estão consumindo, compare os níveis de pH pela manhã e a noite. O pH deverá ser mais baixo pela manhã [após ligar a iluminação] após uma noite inteira com os peixes respirando oxigênio e expirando CO2 e um nível mais alto à noite [após desligar a iluminação] depois de um dia inteiro com as plantas absorvendo CO2 e liberando oxigênio. Quanto maior a diferença entre estas duas medidas maior será o consumo de CO2 pelas plantas e conseqüentemente mais saudáveis elas vão estar.

Ao longo do dia, se o nível de pH não cair mesmo quando se adicionar mais CO2, isso é por que as plantas estão continuamente engajadas na fotossíntese. O nível ideal de pH desejado pelos aquaristas está na faixa de 6.8, mas um valor por volta de 7.5 durante o dia não é incomum e não irá prejudicar suas plantas ou peixes. Danos potenciais podem ocorrer com o uso de produtos químicos para baixar o pH. O carbonato de potássio é normalmente usando para estabilizar o pH, mas produtos químicos que agem baixando o pH não deve ser usado.
Referencias sobre esse assunto podem ser encontradas no artigo "Significance of CO2 fertilisation - How Carbon dioxide affect your planted aquaria" no AQUA JOURNAL volume 33. [Figura a esquerda: CO2 canister desenhado por Takashi Amano]

Nenhum material para o crescimento das plantas está tão disponível como os chamados Fertilizantes. Os tipos principais são os fertilizantes sólidos, que são misturados ao substrato, e os fertilizantes líquidos que são periodicamente adicionados à água.

A primeira opção é útil quando se está plantando plantas de raízes profundas como vimos antes, mas ele tem uma grande desvantagem, se algas estão se tornando um problema e uma overdose de fertilizante é uma causa suspeita, é impossível remove-lo da camada inferior do substrato. Conseqüentemente, é melhor pender para o lado da cautela quando for adicionar fertilizantes no substrato, no entanto, fertilizantes de substrato têm um poderoso efeito nas plantas que pode claramente ser visto, desde que sejam absorvidos pelas raízes.

O fertilizante líquido é absorvido pelas folhas e este, porém não tem um efeito tão dramático nas condições das plantas. De outro modo, a quantidade administrada é muito fácil de controlar simplesmente trocando-se a água. Muitos aquaristas usam fertilizantes líquidos, mas é preferível a efetividade da fertilização do substrato.

Uma forma de resolver problemas associados com o uso de fertilizantes sólidos é monitorar cuidadosamente a água do aquário verificando possíveis turvamentos durante o enchimento do tanque. Caso haja troque a água repetidas vezes, até que esteja limpo. O fertilizante irá eventualmente assentar-se sobre o substrato e parar de flutuar na água.
Quase todos os aquaristas usam fertilizantes, mas a maioria não os usa direito. As instruções raramente levam em consideração a quantidade e o tipo de plantas. Rações para peixes raramente falam o quanto oferecer para este ou aquele tamanho de aquário, por que é fácil saber quando se está observando os peixes. Se eles não comem tudo não há por que adicionar mais. No entanto, as plantas são mais difíceis de se observar. Infelizmente, quando as plantas estão parecendo ruins muitas pessoas tendem a assumir que elas precisam de mais nutrientes e adicionam mais fertilizantes. A maioria das vezes, isso só ajuda a matar as plantas.

A saúde das plantas pode ser determinada anotando o valor do pH, se as folhas estão brilhando, se novos bulbos apareceram, se algas estão crescendo nas plantas e outras observações simples. A quantidade de fertilizante não deve ser alterada até que todos os aspectos apresentados sejam checados. Uma exceção é para o embranquecimento de folhas e bulbos, pois é um sinal claro de má nutrição.

Trocar a água do aquário é provavelmente a atividade mais trabalhosa para o aquarista, mas isso livra o aquário do crescimento das algas e de peixes doentes. É impossível dizer exatamente quando e quanto, mas por regra geral deve-se trocar a água pelo menos duas ou três vezes por mês de modo a repor elementos essenciais para não haver deficiência para as plantas aquáticas. Algumas vezes as pessoas comentam que seus peixes morrem com trocas freqüentes de água, isto quase sempre ocorre por que a água não é trocada há muito tempo e os peixes são afetados pelo choque de pH [a água antiga torna-se ácida] ou por uma redução repentina na quantidade de bactérias no filtro [especialmente se a limpeza do filtro for feita no mesmo momento, sempre uma má idéia], de forma que o pH altera-se rapidamente. O truque é trocar a água em pequenas quantidades e lentamente. Uma dica útil é guardar a água em um tanque separado, por cerca de 24 horas usando-se um aerador com uma pedra porosa e depois usa-la na troca da água velha do seu aquário, ao usar este método, a aeração, irá dissipar a perigosa clorina que normalmente existe na água da rede. Como pode ser visto em alguns tanques no AQUA JOURNAL, para algumas montagens as trocas de água são diárias.

CUIDADOS NO INVERNO E NO VERÃO
As plantas podem não se sentir tão confortáveis como nós durante as temperaturas altas do verão, visto que elas são mais sensíveis a temperatura do que nós. O aquário deve ser mantido em uma sala com ar condicionado permanente ou então refrigerado por coolers. A temperatura ideal para a maioria das plantas aquáticas fica em torno de 28ºC, e elas suportam temperaturas até 31 ou 32ºC por um curto período. A água é geralmente dois graus mais fria que a temperatura ambiente, logo esta deve ficar em torno de 30ºC. Claro que a iluminação deve ser levada em conta também. Um ventilador no aquário irá baixar a temperatura em alguns graus. Alguns aquarista usam bolsas de gelo no aquário para baixar a temperatura, no entanto, esta não é uma boa idéia visto que a temperatura do aquário ficará em uma flutuação constante, causando mais mal do que bem.

Uma maneira mais trabalhosa, porém mais efetiva para baixar a temperatura é trocar de 70% a 80% de água. As clorinas são menos solúveis durante o verão quando a água está morna, assim mesmo trocas de grandes volumes de água não levam ao envenenamento do cloro (*). Trocas freqüentes irão promover o crescimento dos meses de verão, época normal de estagnação. Esta estagnação é natural, mas equivocadamente leva a uma maior adição de fertilizantes.
As plantas aquáticas dão o melhor de si no inverno. Não há nenhum tratamento especial para se preocupar, mas alguma forma de aquecimento é necessária a menos que haja um controle climático. Um aquecedor simples e um sistema de termostato são facilmente instalados, mas o aquecedor deve ter uma capacidade menor que a do termostato. Por exemplo, se a capacidade do termostato é 300W, o aquecedor teoricamente deve ter um limite em torno de 250W. Termostatos em razão da sua potência freqüentemente usam mais eletricidade, então deve haver uma margem de segurança.

Muitos aquecedores não afetam o fundo do aquário o bastante, e as raízes podem sofrer danos. Isto é especialmente um problema em aquários mantidos em lugares frios onde o termostato está sempre ligado. Uma forma de prevenir-se contra a perda de calor é usar isopor para revestir a base do aquário em toda a sua volta. As placas de aquecimento para o substrato, como as produzidas pela ADA, são outra opção. Placas de aquecimento têm a vantagem de promover o aquecimento através e para foram do substrato. É importante que aquecedores de fundo tenham termostatos para que não haja superaquecimento e queime as raízes.

A quantidade de clorinas na água fria é grande, então trocas de água devem ser menos freqüentes no inverno. Quando a água é aquecida em uma garrafa, minúsculas bolhas de clorina são formadas estas bolhas vão aderir às guelras dos peixes e causar-lhes sérios danos. A água deve ser trocada lentamente e deve ser aerada de forma que toda a clorina seja eliminada na forma de gás.

(*) No Brasil as altas concentrações de cloro tornam inviável este método.
Quando as plantas aquáticas estão sadias e florescendo elas eventualmente enchem o tanque e fazem parecer um gramando mal cuidado. Elas precisam periodicamente ser cortadas e rearranjadas.
Plantas de caules longos devem ser cortadas de forma apropriada com a aparência do layout. A tesoura deve ser a mais longa e afiada possível. Dois ou três novos caules nascerão do local onde foi cortado e deixarão a planta comum aspecto muito denso na parte superior após várias podas, e os caules quebram facilmente. Quando isto começar a acontecer tente cortar em um ponto mais alto e dar mais tempo entre as podas.
Quando as plantas crescerem de runners, como a E. tenellus, Glossostigma, Vallisnéria e Sagitária, suas raízes irão sufocar-se a menos que sejam podadas. Sagitárias e Vallisnérias não crescem por sobre elas próprias mesmo em grandes densidades bastando remover as plantas mortas de tempos em tempos. E. tenellus e Glossostigma são plantas muito pequenas, no entanto, tornando-se densas e crescendo por sobre si mesmas, após cinco ou seis sobreposições as plantas de baixo serão completamente asfixiadas. Este crescimento ao longo das paredes deve ser cuidadosamente podado removendo os runners por volta de 7cm da parede, prevenido a sobreposição.

Musgos e Samambaias que ficam presos a rochas e troncos devem ser cortados como se apara um cabelo: quando estiver demasiado longo. Uma vez que o musgo busca a superfície, este pode ser bastante aparado sem preocupações com perdas, mas com cuidado e ordenadamente.
Anuías nunca crescem a ponto de dominar o layout. Folhas muito largas, com aparência de velha, com as bordas danificadas ou com algas podem ser removidas normalmente. O gênero Anubia é especialmente suscetível a infestação de algas, então as folha devem ser logo removidas quando apresentarem algo sobre elas. Novas folhas irão crescer no lugar das removidas.

Samambaias como a Microsorium e Bolbitis crescem surpreendentemente rápido e irá jogar fora todo o equilíbrio do layout. As folhas devem ser removidas logo que ficarem muito grandes ou velhas demais. A Microsorium desenvolve esporos negros sob suas folhas para reprodução. Os feios esporos e rizomas secundários devem ser removidos com cuidado para não danificar a planta principal.

Plantas com grandes quantidades de raízes como as Ninféias e Aponogetons, têm período de crescimento e período de dormência, o crescimento vai diminuindo até parar e as folhas começam a morrer em grande número o que pode arruinar a qualidade da água e entupir os filtros. Quando o período de dormência começar comece imediatamente a remover todas as folhas mortas antes que se tornem um problema.
Finalmente algumas Ninféias [lótus, por exemplo] têm folhas que flutuam na superfície. Obstruindo não só a visão superior para o aquarista como também a luz de alcançar as plantas inferiores. É mais seguro cortar estas folhas antes que afetem todas as outras plantas aquáticas.
Um detalhado artigo sobre técnicas de poda pode ser encontrado na Aqua Journal volume 36.

CAUSAS, PREVENÇAO E CURA
O grande inimigo das plantas aquáticas bonitas é o crescimento de algas. Esta é a causa número um de stress nos aquaristas. Há muitas espécies que são difíceis de erradicar. Algumas das mais comuns são a alga marrom, alga cabelo [keijoo-sou], beard algae [higejou-sou, alga tipo barba], norijou-sou e aomidori. As causas de infestações de algas são numerosas, daí é difícil especular sua ocorrência.

A alga marrom aparece quando o aquário é ralativamente novo, tem a cor marro, e cobre qualquer coisa desde as paredes, os troncos e as folhas como uma fina coberta. É facilmente eliminada quando se adiciona um inimigo natural, o melhor para isto é o Otocinclus. Plecos também comem, mas podem danificar as folhas também. O comedor de algas [Gyrinocheilus aymonier] e o Comedor de Algas Siamês [Gyrinocheilus aymonier] também comem algas marrons, mas crescem muito para um pequeno tanque ou quebram o layout. A alga cabelo parece com longos e finos cabelos presos a troncos, rochas, tubos de filtros e folhas velhas. Pode ser verde, cinza ou preto, mas normalmente é verde na maioria dos lugares. Infestações podem ser causadas por trocas de água insuficientes ou irregulares [altos níveis de nitrato] ou luz muito forte [deficiência de CO2]. Esta situação pode ser prevenida mantendo-se o Camarão Takashi Amano [Yamato numa-ebi o Caridina japonica] e o Camarão Abelha [Bee Shrimp] desde o início do aquário. [à esquerda: Caridina japonica]
Beard algae é longa não tão fina, como um barbante, mas seu crescimento é resultado do mesmo desequilíbrio. Aparece em tanques relativamente velhos, crescendo em folhas duras como as Anubias. Caridina japonica não a come, pois ela tem um tamanho muito grande, mas ele pode ser mantido no aquário para conter o seu início. Seu crescimento não é uma profusão, mas não é atrativo. Quando estiver trocando a água pode remove-la com as pontas dos dedos ou com o vácuo da mangueira. O Red Scat limpará um tanque infestado, mas certas medidas precisam ser tomadas para fazer isto. O valor do pH deve ser elevado para 7.5 ou superior parando a injeção de CO2 e usando Carbonato de Potássio se necessário. Claro, a espécie deve ser uma aclimatada para água doce.

A alga Nori jou é verde brilhante, tipo um mofo que cresce no substrato e nas folhas. Produz um forte odor de mofo. Começará a aparecer em tanques com filtros novos e água alcalina ou como resultado de muita iluminação. Limpar aspirando é apenas uma solução temporária, pois cresce rapidamente. Um filtro de boa qualidade é a melhor medida, ou herbicidas especiais como o verde de malaquita podem remover a alga Nori. [À direita: Otocinclus sp.]

A alga Aomidoro normalmente cresce em volta da superfície das plantas, densamente emaranhada no crescimento da Riccia e de musgos como o Willow moss (Musgo de Salgueiro), quando isso acontece, é muito difícil de remove-la. Este tipo de alga cresce sob as mesmas condições que as plantas de forma que trocas de água não são muito efetivas na sua remoção. Camarões de água doce como o Otamajackshi e peixes como molinésias negras e ciclídeos anões alimentam-se desta alga e podem ser bons parceiros.

Existem muitos outros tipos de alga, e a maioria das infestações é resultado de excesso de nitratos devido a grandes quantidades de peixes e falta de trocas regulares, filtros sujos ou desequilíbrio entre CO2/Iluminação. Elas podem ser prevenidas adotando-se alguns hábitos saudáveis:

· Não coloque os peixes imediatamente. Aguarde que as plantas criem raízes e os novos brotos comecem a crescer, coloque-os um por em intervalos.

· Troque a água imediatamente se notar que o fertilizante do substrato atingiu a água ou está vazando.

· Use um filtro com uma caixa grande e, a princípio, use três partes de carvão ativado e uma para fixação das bactérias, a colônia de bactérias fixa-se melhor em materiais sólidos.

· No começo a colônia de bactérias é muito pequena e o pH da água é baixo, baixe injetando CO2. Não use produtos químicos para baixar o pH, os resultados podem ser desastrosos para todo o tanque.

· A princípio deixe a temperatura um pouco mais baixo que o normal 22 a 23ºC, a maioria das plantas fica bem entre 24 a 25ºC.

· Não use fertilizante líquido após o plantio, aguarde até que as plantas enraízem.

· Use plantas de caules longo na parte de traz pelo menos no começo da montagem, com seu crescimento irão absorver muitos nutrientes e ainda regulam a luz. Depois que as demais plantas se estabelecerem você pode retirar se não forem necessárias.

· Mantenha Otocinclus e Caridinas japonica em sua montagem inicial para prevenir o crescimento de algas. Para cada 100 litros coloque 20 Otocinclus e 50 Caridinas.

DOENÇAS DE PLANTAS
Como as plantas aquáticas em um aquário plantado vivem em um ambiente limpo e fechado, um número menor de doenças, que as plantas em terra, as ataca. Eu [Amano] já vi um escurecimento e um enrugamento que ataca rapidamente as Microsorium, mas não com freqüência. Doenças são mais comuns de serem vistas em Cryptocorynes onde as folhas e as hastes se desmancham rapidamente. Mas isso não é bem uma doença e sim uma reação de choque quanto a mudanças bruscas na química da água, como uma queda drástica no valor do pH quando se adiciona muito CO2 a água, ou um aumento repentino na luminosidade devido à troca de uma lâmpada. Mas se as medidas de correção forem tomadas à recuperação geralmente é rápida.

Se os cuidados com o aquário forem bons as plantas quase nunca ficarão doentes. Muitas plantas são sensíveis a remédios para peixes, mesmo aqueles em que a etiqueta afirma ser seguro. Geralmente, uma montagem insalubre é causada por um super população de peixes no aquário, baixa manutenção ou filtros sujos, acidificação da água por altos níveis de nitrato, ou muitas sobras de alimentação amontoadas. Trocas de água regulares, especialmente em épocas quentes, e uma limpeza superficial após a alimentação bastam para ter plantas bonitas e saudáveis. Se, por má sorte, alguma doença afligir as plantas, transplante rapidamente as plantas não afetadas para um outro tanque e comece novamente. É bom não subestimar o problema e os custos para curar plantas doentes, a introdução de produtos química para tratamento irá desencadear uma reação em cadeia que afetará toda a fauna e flora.


Controle de pestes

O belo caramujo vermelho com chifres gozou de uma merecida popularidade no passado, ele não tomava todo o aquário. Mas há algumas espécies que são consideradas pestes no aquário plantado. Aparecem de repente com freqüência e toma cada centímetro do aquário. Caramujos são freqüentemente introduzidos em nosso aquário quando nós adicionamos novas plantas, seus ovos gelatinosos estão normalmente presos às folhas das plantas aquáticas. É extremamente trabalhoso remover os ovos de cada planta antes de transplanta-las no tanque. Há vários métodos de remoção, do manual ao biológico. Mesmo se removidos a mão ou com o vácuo da mangueira durante as trocas de água eles nunca são removidos completamente. O Microgeophagus ramirezi - Ramirezi o ciclídeo anão [foto acima] é um das melhores armas anticaramujos para um tanque plantado. Uma outra espécie altamente eficiente é o Tetraodon nigrovirdis - o Baiacu sul americano e a rã anã [shime-gaeru]. Mesmo sendo inimigos naturais não se alimentarão de caramujos a menos que estejam com fome ou se não houver outro alimento para comer, por isso é uma boa idéia deixa-los sem alimentação antes de introduzi-los no aquário. Lesmas, hidras e outros celenterados também podem infestar o aquário, e eles são comidos pela rã anã [shime-gaeru], o que a coloca no rank ao lado do também famoso Camarão Yamato numa-ebi [Camarão Takashi Amano, Caridina japonica] para o controle de pestes no aquário.
Ferramentas

As ferramentas necessárias para uso do aquarista em suas montagens e podas são pinças, tesouras. Bisturis e niveladores de areia. Eu [Amano] não faço meu trabalho sem eles. Claro, todas as pinças são parecidas. Instrumentos cirúrgicos e ferramentas de precisão são muito caras, mas a qualidade pode definitivamente compensar o preço.

Ferramentas de jardinagem e Bonsai são mais acessíveis, mas não foram feitas especialmente para o paisagismo aquático e quebram facilmente. Algumas vezes, eu acho que as melhores e mais baratas ferramenta são meus dedos.

Boas pinças são afiladas nas pontas, encontrando-se perfeitamente, podem ser apertadas sem muito esforço com a ponta dos dedos e são fáceis de usar sob a água. Especialmente quando as dimensões do tanque são de 60cm ou menos, as pinças são absolutamente indispensáveis para um plantio efetivo e atrativo. Bisturis devem ser afiados o bastante para cortar um caule sem esmaga-lo. Sendo longos e finos são ótimos para podar plantas em locais de difícil acesso. Não existem a venda ferramentas para aplainar a areia, então eu uso os instrumentos cirúrgicos exibidos na foto, no entanto, eu desenvolvi uma ferramenta similar vendida pela ADA. Eu uso isto para suavizar as camadas de areia nas bordas e os buracos depois do plantio. A ferramenta tal uma colher de cabo longo é usada para o plantio e para a retirada de plantas grandes onde as pinças e os dedos sozinhos não resolvem. Eu o insiro ao redor da planta e empurro, ou puxo com as pinças. Contate a ADA para maiores informações sobre ferramentas especialmente desenhadas para o paisagismo aquático.

Na criação de um paisagismo aquático que reproduz a natureza ou o estilo de um jardim japonês, a pedra é o elemento básico - o material mais cru. No momento são importados muitos tipos diferentes de pedras para uso na jardinagem e no aquarismo, e alguns das melhores são da Malásia e a madeira americana petrificada. Sua coloração pálida é excelente comparado a madeira flutuante por tirar o verde das plantas. Ao organizar pedras, não se preocupe como um caráter individual até quando estiverem reunidas 3 ou 5 peças. Algumas pedras precisam de outra pedra para a fazer parecer corretamente disposta. O melhor modo para achar o melhor arranjo é tentar de fato fora do aquário quantas vezes for necessário. Primeiramente, ponha o substrato básico e comece a organiza até que a combinação perfeita apareça. Algumas pedras devem ser colocadas sobrepostas, algumas deitadas e algumas inclinadas. Tudo depende da forma delas, e alguma experimentação para achar a composição certa. Finalmente, há alguns princípios para se ter em mente: não alinhe as pedras de mesma forma e/ou tamanho; e a mais importante: ' não use pedras diferentemente coloridas ou de regiões diferentes no mesmo plano; e não usa uma pedra que de certo modo contradiz sua essência. Este último conselho requererá um pouco de experiência. Para uma leitura mais detalhada veja na AQUA JOURNAL volume 34 o artigo 'Aquascaping a rock garden aquarium' By - takashi Amano (o tradutor não assinou)"

 

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